skip to main |
skip to sidebar
E aqui está a questão de fundo que explica esta intensa actividade legiferante e a eterna perseguição às offshores, ao sigilo bancário e a outros supostos atentados aos interesses tributários do estado. Como, nas últimas décadas, os estados europeus têm, na generalidade, sido geridos de modo despesista e perdulário por governantes que nunca são responsabilizados pelas graves consequências dos seus actos, as contas públicas estão cada vez mais desequilibradas por parte da despesa, e os estados, para taparem os buracos da sua péssima gestão, aumentam as cargas tributárias de modo absurdo, impondo aos cidadãos impostos directos e indirectos que deveriam ser inconstitucionais. Deste modo, boa parte de quem recorre a essas contas offshores fá-lo porque, na origem dos seus capitais, encontram-se estados rapaces e com uma voracidade contrária a tudo o que é admissível. Estas pessoas defendem, no fim de contas, o seu legítimo direito de propriedade contra governos que o põem em causa em vez de o defenderem, como seria sua obrigação constitucional e moral. E quem, por outro lado, vai para as offshores esconder dinheiro de actos verdadeiramente criminosos, só está a beneficiar da inoperância preventiva de estados que, em vez de aplicarem os seus recursos na prevenção do crime, andam preocupados em extorquir dinheiro às pessoas para limparem os seus balanços.
*
*