terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Curiosidades sobre mangueiras e mini-quiz



Provavelmente já devem ter reparado. Ao longo das ruas cuidadas de esmerados subúrbios, assiste-se hoje ao ritual de relvados cuidadosamente tratados. Mesmo os espaços públicos de um grande número de autarquias não dispensam o verde da relva em rotundas, passeios e patamares de jardins e contam-se por muitas dezenas os campos de golf que oferecem aprimoradas relvas sobre os quais as bolas do jogo têm de deslizar suave e uniformemente.

Em Portugal, o advento dos relvados é relativamente recente, mas tem vitoriosamente relegado o gosto dos portugueses em fechar varandas e fazer marquises. É gratificante verificar como a relva tem vindo a ocupar espaços, físicos e culturais. Se considerarmos um país de mais fortes tradições de relvados, como os Estados Unidos, por exemplo, verificamos como a relva embeleza os grandes espaços exteriores de residências – conhecidos tipicamente como The Yard. Na verdade, a América despende anualmente mais de 25 mil milhões de dólares ($25.000.000.000) em materiais e equipamento de manutenção de relvados. É um portentoso mercado, como se imagina. Se é verdade que os fertilizantes ocupam a fatia maior desta despesa, o valor do mercado em equipamento é bastante elevado e entre cortadores de relva, aspersores de rega, carrinhos, bicos diversos, pequenas ferramentas e correlativos, as mangueiras têm o seu lugar de preponderância, que não pode nem deve ser negligenciado. Só nos EUA, o número de relvados privados em espaços residenciais é superior a 10.000.000 de hectares.

Algumas curiosidades sobre as mangueiras de jardim:

- Embora a paixão pelas relvas seja documentada ainda antes da “Elizabethan era”, só com a utilização das mangueiras de jardim se assistiu ao desenvolvimento ímpar do apreço pelos relvados;

- Existem registos de um tipo de mangueira de jardim desde 400 AC, mas este equipamento feito à mão a partir de tripa de bovino não parecia ter grande utilidade e era raramente usado;

- A primeira mangueira de jardim digna desse nome apareceu em Amsterdam, em 1672. Feita de linho e, mais tarde, de cabedal, esta mangueira foi uma “invenção” de Jan Van der Heiden, um jovem que congeminou a mangueira no intuito de combater o fogo que lhe destruiu a sua queria cidade em 1652;

- Com o advento do tubo de mangueira, (hosepipe, em expressão inglesa) a jardinagem ganhou um novo alento e iniciou-se um ciclo verdadeiramente novo. Sem depender da vontade dos deuses no envio da água benfazeja, os jardins aumentaram exponencialmente em tamanho e em número e, com eles, o aparecimento de plantas raras e exóticas cuja rega era possível através das prestimosas mangueiras;

- A tendência mantém a efervescência própria dos grandes acontecimentos, não se vislumbrando o seu fim.


Mini quiz:

1) - Em que ano apareceram as primeiras mangueiras e de que material eram feitas?
2) - Quando apareceram os primeiros relvados e quem foi o seu principal mentor?
3) – Quem inventou a primeira estufa de plantas de jardim, em 1619?
4) – Quem foi a primeira pessoa a popularizar os primeiros vasos de plantas de jardim, senão mesmo a inventá-los?


Ao leitor que primeiro responder correctamente a estas perguntas será oferecida uma mangueira da Flextec, igual à que aparece na faixa direita deste blog, com o respectivo brinde (automóvel de brinquedo). As respostas podem ser dadas nesta caixa de comentários.

Consultas:

Scott-Jenkins, Virginia. “The Lawn: A History of an American Obsession,” Smithsonian Institution Press. May 1994.
Van Sickler, Michael. “Keeping Up with the Joneses’ Lawn,” St. Petersburg Times, St. Petersburg, Florida. September 11, 2004.
Borman, F. Herbert., Balmori, Diana. Geballe, Gordon T. “Redesigning the American Lawn,” Yale
University Press. New Haven, Connecticut. 1993.
Owen, Marion. “Who Invented the Garden Hose?”
www.Plantea.com. Kodiak, Alaska. 1996.

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4 comentários:

Vitor Correia de Azevedo disse...

Com textos como estes, o blog da FLEXTEC vai passar a ser de consulta obrigatória nas aulas da licenciatura de Arquitectura Paisagista e de Agronomia. Vou tentar encontrar as respostas.

Anónimo disse...

Ainda tentei. Mas é uma trabalheira. Andas muito ecológicó históricó jardinófilo!
:D

JMC - João Maria Condeixa disse...

Já sei parte! Vale metade da mangueira?

Anónimo disse...

Escelentisimos senhores,

Sou empresário em nome individual e tenho uma piquena fábrica rudimentar claro que produz aparelhos para saúde vulgarmente designados por clisteres. na sua fabricação utilizo vidro (que é a nossa especialidade aqui na Marinha Grande) e incorpóro no produto final (o aparelho vulgarmente designado como clistér) algumas coisas que tenho que comprar a forncedores, como é o caso das mangueiritas.
Gostaría de saber se vossas escelências têem essas mangueiritas para fornecer para ver se posso fazer melhor negócio do que o meu fornecedor actual. Se calhar, eu trocava era o carrito se a mangueira pudesse vir cortada em troços de meio metro e já agora com uma bica em cada troço que assim também poupava nas torneiras
Sempre ás vossas ordens,