sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Congresso do milho 2010, da ANPROMIS, em Lisboa




O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo(Anpromis) defende que o sector da agricultura precisa de investimento e critica a falta de eficácia do PRODER que, garante, “nos últimos três anos não existiu”.
Luís Vasconcellos e Sousa, que hoje preside ao VII Congresso Nacional do Milho, a decorrer no Hotel Altis, em Lisboa, garante que “há contratos assinados, projectos feitos e ainda não há o cheque”, salientando o impacto negativo que a má distribuição das verbas causa ao sector. “O sector precisa de investimento e a política tem de ajudar e não determinar a agricultura praticada. Neste caso, o ex-ministro [Jaime Silva] comportou-se como um déspota e estamos a pagar por isso”.
O presidente da Anpromis critica ainda a situação dos preços do leite nas grandes superfícies, garantindo que estas prestam um mau serviço ao consumidor. “Ficam com margens de 80 por cento. Pagam menos ao produtor e não baixam o preço final. É abuso da posição dominante”, afirma Luís Vasconcellos e Sousa. O responsável recusa falar em aumentos dos preços dos alimentos para 2010, admitindo contudo uma falta de equilíbrio. “Os nossos produtos desvalorizaram 20 a 30%”.

No congresso será ainda debatida a questão do Alqueva, que tem uma área passível de ser usada para o cultivo do milho na ordem dos 70 mil hectares mas ainda não houve vontade política nesse sentido, queixa-se a Anpromis. No encontro de hoje está marcado um almoço debate com o líder do CDS-PP, Paulo Portas e amanhã está agendada uma intervenção do ministro da Agricultura, António Serrano.

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